Pecuária é a
arte ou o conjunto de processos técnicos usados na domesticação e criação de animais com
objetivos econômicos, feita no campo. Assim, a pecuária é uma parte específica
da agropecuária.
O
Brasil tem um rebanho de aproximadamente 193 milhões de cabeças criadas em 220
milhões de hectares. Especialistas afirmam que daqui a dez anos a pecuária
brasileira irá criar 220 milhões de cabeças em 150 milhões de hectares. A
lotação média no Brasil é de 0,8 UA/ha (unidade animal por hectare).
No Brasil, os
pioneiros da pecuária foram os senhores da Casa da
Torre de Garcia d’Ávila, utilizando como vaqueiros, muitas
vezes, mão-de-obra indígena.
Entretanto, com uma grande seca no Nordeste e a descoberta de minerais preciosos em Minas
Gerais no final do século
XVIII, o polo pecuarista no Brasil transferiu-se para as regiões Sudeste e Sul, mais especificamente São Paulo e Rio
Grande do Sul.
Atualmente
a produção pecuária de bovinos é partilhada principalmente pelo Centro-Oeste,
Sudeste e Sul, cabendo ao Nordeste o predomínio sobre as criações de caprinos emuares. Os ovinos se concentram no Sul, assim como os suínos e aves, no Sudeste e no
Sul. No entanto, o principal centro pecuarista do Brasil é o estado de Mato Grosso,
o maior rebanho bovino do Brasil. Quanto à distribuição da produção
agropastoril pelo território nacional, as regiões Sul e Sudeste concentram a
maior parte dela, embora o Centro-Oeste esteja experimentando uma participação
mais expressiva, no decorrer dos últimos anos. Também o Nordeste necessita ser
lembrado, pois a região conta com aquilo que se convencionou chamar de
"ilhas de modernidade".
A
presença do mercado consumidor do Centro-Sul é o mais importante fator que
justifica a maior concentração da atividade criatória na região, onde um número
significativo de laticínios e frigoríficos absorve o principal da produção.
A
produção agrícola de caráter capitalista,
com emprego da mão-de-obra assalariada, expansão de pessoal na área
administrativa e incorporação do progresso tecnológico, tais como os da biotecnologia,
distribui-se e expande-se pelo território segundo diversos estímulos. De um
lado, existe a influência do Estado, mediante a criação de políticas voltadas para
a implantação de polos de desenvolvimento agrícola em áreas específicas do
território brasileiro. Para estas áreas, são criadas linhas de crédito
especiais e oferecidas assistência técnica, infra-estrutura de transporte,
energia, comunicação, entre outras. São produzidas, com isso, verdadeiras ilhas
de modernidade em meio a regiões de relativo atraso econômico e de precariedade
social.
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